AGOSTO DOURADO: GOTA APOIA O ALEITAMENTO MATERNO

Ao longo deste mês, comemora-se o “Agosto Dourado” em alusão ao aleitamento materno que traz benefícios para a saúde do bebê e da mamãe. Na Maternidade e Gota de Leite, as pacientes recebem orientações dos pediatras e da equipe de Enfermagem desde a primeira hora de nascimento, durante o período de internação, no momento da alta hospitalar e quando as pacientes retornam para a consulta puerperal.

Jeniffer e a filha recé-nascida

Segundo a médica pediatra Dra. Jordana Domingues, “a amamentação é muito importante: do primeiro ao quinto dia de vida, a mãe libera um leite que é mais aquoso, sem cor, que é o colostro, a primeira vacina do bebê. É cheio de defesas, de imunoglobulina e faz com que o bebê previna de ter infecções como diarreia, vômitos, pneumonia porque a mãe passa a imunidade de tudo o que ela já teve para o bebê a partir do colostro”.

Ela prosseguiu observando que “após o quinto dia, esse leite passa a ser leite de transição. Tem coloração do leite, mas também é rico em sais minerais, vitaminas e passa a ter um pouco mais de valor calórico”. Já, a partir do décimo dia, o leite se torna “um pouco mais gordo fazendo com que o bebê ganhe peso”.

Dra. Jordana Domingues

A pediatra ressaltou a importância da amamentação para criação do vínculo afetivo: “Enquanto esse bebê está mamando, ele está olhando para a mãe e ela está fazendo carinho no seu filho, o que aumenta muito o vínculo mãe e bebê. Mais para frente, é essencial para que essa criança se torne uma criança segura em tudo o que ela for fazer”.

A Dra Jordana Domingues lembrou, ainda, do fator econômico: “Temos o fato de não ter que pagar pela fórmula e embora os leites hoje serem bem modificados para ficarem bem próximos do leite materno, eles não conseguem colocar a imunoglobulina nesta proteção do colostro na lata. Isso é uma coisa exclusiva do leite materno, da própria mãe”.

Ela prosseguiu, afirmando que a amamentação contribui para a formação da “musculatura da boquinha para depois ajudar na mastigação, ajuda no desenvolvimento neuropsicomotor desse bebê, ajuda no ganho de peso. O leite materno, realmente, é o padrão ouro para o bebê”.

A pediatra explicou que, na Gota de Leite, “assim que o bebê nasce já vai para o peito da mãe para mamar o colostro, para já começar a ser imunizado, e depois, de três em três horas, o bebê é colocado no peito e orientada a mãe quanto à pega correta. Verifica se a mãe tem o colostro, se a quantidade está boa, tudo isso é avaliado aqui e incentivado na hora da visita médica e depois, durante todo o dia, pelo pessoal da enfermagem”.

Maternidade apoia o aleitamento materno

Finalizando, a médica assinalou que “na alta, nós não prescrevemos nenhum tipo de fórmula e orientamos as mães que o melhor, mesmo, é o leite materno exclusivo em livre demanda. Ou seja, no horário que a criança quiser, não precisa ser necessariamente de três em três horas. Tem criança que mama de hora em hora, de duas em duas horas, de três em três horas ou pode variar esse horário. Tudo isso é dentro do normal.”.

Por sua vez, a enfermeira obstétrica Carolina Rodrigues Silva Martins, informou que os bebês são colocados para mamar ainda na sala de parto, dentro da primeira hora do nascimento. Ela explicou que a equipe de Enfermagem dá todo suporte às mães quanto à posição correta para amamentar de modo a facilitar a “pega”. Além disso, na consulta puerperal, que acontece após a alta, as mães continuam recebendo orientações para manterem o aleitamento materno exclusivo.

EXPERIÊNCIA

Nesta quarta-feira (05), a paciente Jeniffer Miriam G. Marques, 22 anos, contou que estava amamentando normalmente a filha recém-nascida, Keren Happuq: “Eu gosto muito de amamentar, geralmente até um ano”, disse, revelando que tem outros dois filhos, todos nascidos na Gota de Leite de parto normal.

Ela afirmou que, além da imunidade dos filhos, o ato de amamentar aumenta “o contato mãe e filhos e a gente se sente mais ligada neles”, frisou.