HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA: GOTA PROMOVE RODA DE CONVERSA

Conquistar o selo “Hospital Amigo da Criança” é um marco para  instituições que se dedicam ao atendimento humanizado de mães e bebês. Por isso, a Maternidade e Gota de Leite está se preparando para cumprir as exigências do Ministério da Saúde e Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), conforme informado durante a roda de conversa que reuniu, na terça-feira (06), a equipe da maternidade e a enfermeira Sandra Domingues, diretora do Banco de Leite Humano de Marília (BLH).

Virgínia Balloni agradeceu às colaboradoras

Segundo a coordenadora dos Serviços de Enfermagem da Gota de Leite, enfermeira Patrícia Truzzi Gilio, a instituição cumpre a maioria dos requisitos e, com a assessoria da Dra. Sandra Domingues, que dirige o BLH há 32 anos, o processo será acelerado para adequar a maternidade às rigorosas normas que norteiam a concessão do título.

Virginia Balloni e Patrícia Gilio

Na roda de conversa de terça-feira, Patrícia Gilio deu as boas-vindas às profissionais: enfermeiras obstetras, auxiliares e técnicas de enfermagem, nutricionista, farmacêutica, fisioterapeutas, enfermeira auditora e enfermeira da CME. Por sua vez, a presidente da Gota de Leite, Virgínia Maria Pradella Balloni, agradeceu a presença de todas e afirmou que “nosso objetivo é dar o melhor atendimento às nossas pacientes para que se sintam bem tranquilas”.

Ela assinalou que “paciente não é só um número no prontuário”, acrescentando que o acolhimento dos profissionais  e o atendimento prestado às pacientes têm sido reconhecidos nas respostas dos formulários de avaliação que as pacientes preenchem na alta: “Nós só vemos elogios”.

Sandra Domingues, diretora do Banco de Leite Humano

A diretora do Banco de Leite Humano afirmou que a Gota de Leite já avançou muito, citando o alojamento conjunto de mamãe e bebê, a eliminação de bicos (chupetas/mamadeiras), o centro de parto normal, o incentivo à amamentação, o suporte  da equipe multiprofissional, entre outros. Ela destacou que, um dos pontos mais importantes será a capacitação de todos os profissionais.

Conforme disse, “temos aqui hoje fisioterapeutas, nutricionista, equipe de enfermagem. Mas, teremos uma sensibilização para todos os profissionais, da portaria ao zelador da manutenção, e até da colaboradora da costura, enfim, todos receberão informações sobre o que é ser um ‘Hospital Amigo da Criança’”.

Equipe participou da roda de conversa sobre o HAC

REQUISITOS

Fazem parte dos requisitos para conquista do selo: Dispor de uma política por escrito sobre aleitamento materno, que deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipe de cuidados de saúde;  Cumprir plenamente a Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos Substitutos do Leite Materno, Bicos e Mamadeiras (NBCAL) e as resoluções do Ministério da Saúde relativas à proteção do aleitamento materno; Ter uma política de alimentação infantil por escrito que seja rotineiramente comunicada à equipe de saúde; Estabelecer sistemas contínuos de monitoramento e gerenciamento de dados.

Também será necessário:  Treinar toda a equipe de cuidados de saúde, capacitando-a para implementar esta norma através de conhecimentos, competências e habilidades suficientes, com carga horária de 20 horas, prática clínica supervisionada e metodologia referenciada; Informar a todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento materno; Ajudar às mães a iniciar o aleitamento materno na 1ª meia hora após o nascimento;  Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos;  Não dar a recém-nascidos nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tal procedimento tenha indicação clínica.

Cássio Luiz Pinto Jr, ex-secretário da Saúde, com Virgínia, Sandra e Patrícia na Gota

E por fim: Praticar o Alojamento Conjunto – permitir que mães e bebês permaneçam juntos, 24 horas por dia;  Encorajar o aleitamento materno sob livre demanda;  Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas no seio materno;  Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento materno, para onde as mães deverão ser encaminhadas.