Tuberculose: Gota de Leite divulgou informações sobre a doença

Para marcar o “Dia Mundial de Combate à Tuberculose”, a Maternidade e Gota de Leite promoveu dois dias de ações informativas voltadas aos colaboradores e às pessoas que visitaram pacientes na entidade, nos dias 28 e 29 de março. Doença infecciosa e transmissível que afeta principalmente os pulmões, a tuberculose registra 70 mil novos casos por ano, com quase 5 mil óbitos no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde.

A enfermeira Vanessa Campassi, da área de Educação Permanente da Gota de Leite, abordou os visitantes no hall da instituição fazendo uma breve apresentação sobre a doença, as formas de contágio e orientou quanto à importância do diagnóstico que pode ser feito, gratuitamente, nas unidades de saúde do município.

Por sua vez, a médica do Trabalho Dra. Ana Lídia Azevedo Ribeiro Gomes proferiu palestra em dois dias de forma a contemplar todas as equipes. Profissional do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho), ela fez um histórico sobre a doença, informando que “portadores de doenças crônicas, como o diabetes, insuficiência renal crônica, imunosuprimidos (portador do HIV ou AIDS), aglomerações populacionais e pessoas que vivem em áreas sem condições sanitárias, correm mais risco de desenvolverem a doença se forem contaminados”.

A médica da Gota de Leite fez questão de frisar que “a tuberculose não é provocada por gripe mal curada e nem todos que têm contato com a bactéria desenvolvem a doença. O bacilo pode ficar alojado durante anos e a doença aparecer quando caírem muito as defesas do organismo”.

Segundo a Dra. Ana Lídia, a infecção pode se iniciar nos pulmões, mas pode afetar outros órgãos como meninge, ossos, coração, cérebro, rins, intestino etc. A transmissão, conforme disse, ocorre “por via respiratória, pela fala, tosse ou espirro quando a pessoa está muito próxima”. Ela explicou que “não se pega tuberculose pelo sangue, beijo, compartilhamento de talheres, toalhas, lençóis etc”.

O tratamento, custeado pelo Ministério da Saúde, é feito com antibióticos e a doença tem cura. A médica informou que o isolamento do paciente é necessário por, aproximadamente, duas semanas após o início do tratamento.

DIAGNÓSTICO

Os sintomas mais comuns da tuberculose pulmonar, de acordo com a médica, são: febre baixa diária e vespertina (à tarde), sudorese noturna, emagrecimento e tosse purulenta (com catarro) por mais de três semanas. O exame é feito a partir do catarro da tosse e, após seis meses de tratamento adequado, o paciente pode ser considerado curado.

Segundo a Dra. Ana Lídia, a prevenção é feita com a vacinação BCG nas primeiras semanas de vida dos bebês. E os adultos podem prevenir esta e outras doenças adotando hábitos saudáveis como eliminar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, que são considerados fatores de risco.

No Brasil, os maiores índices de tuberculose são registrados no Rio de Janeiro (75 casos por 100 mil habitantes) e na região Norte. Em Marília, 2.015 fechou com 40 pacientes registrados sendo que 31 continuam em tratamento em 2.016.

A médica ressaltou a importância dos colaboradores da maternidade replicarem as informações junto aos seus familiares e pessoas de seu relacionamento para ajudarem a difundir a importância da prevenção. Em caso de dúvida ou apresentar algum dos sintomas, as pessoas devem procurar a unidade de saúde mais próxima.